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janeiro 19, 2010

Amigo imaginário, quem não tem?





O papo hoje é mais sério, algumas de nós mamães de plantão ficamos preocupadas com a existência do amigo imaginário ou amigo invisível. Por isso dessa vez, o texto não se trata apenas de experiência própria. Recorri aos livros de psicologia infantil que sempre pesquiso, selecionei e resumi de maneira curta e clara um assunto que às vezes assusta.



“A maioria das crianças entre três e cinco anos cria um amigo imaginário. O amigo imaginário ou invisível, como é popularmente conhecido, funciona como uma espécie de recurso para os pequenos compreenderem e elaborarem todos os sentimentos de alegria e tristeza que despertam nessa idade. De acordo com a psicóloga Gláucia Guerra Benute, da Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, três em cada dez crianças entre três e cinco anos criam um amigo imaginário ou invisível. Ele pode surgir de dois modos: amigo invisível ou objetos personificados como travesseiro, cobertor, fralda, chupeta, entre outros (com os quais as crianças interagem dando-lhes vida, como se fossem de verdade). Além de fazer parte das atividades de rotina da criança, com ele os pequenos costumam brincar, conversar e discutir determinadas situações ou até mesmo brigar quando se sentem contrariadas. Mas, na maioria das vezes, buscam dividir suas alegrias e principalmente suas tristezas. “É muito comum e extremamente saudável as crianças criarem um amigo imaginário durante a infância. Esta é a forma que elas encontram de se comunicarem com elas mesmas”, explica a psicóloga. Embora as crianças tenham consciência de que o amigo invisível não passa de uma invenção de sua própria imaginação, usam disso como um recurso valioso para seu desenvolvimento e para compreender e elaborar todos os sentimentos que estão envolvidos em determinadas situações, principalmente os mais conflituosos como o medo, a frustração, a angústia, a raiva e a preocupação.



O que os pais devem fazer? Em primeiro lugar, os pais não devem se apavorar, porque esta é uma atitude totalmente normal da criança. Em segundo lugar, os pais não devem interferir. De acordo com a psicóloga, quando o filho (a) estiver falando com o amigo imaginário e agindo como se ele fosse de carne e osso, brincando com ele, chamando para jantar e sentar ao seu lado, os pais devem apenas observar e ouvir o que dizem e ficar atentos aos seus gestos e atitudes. Nunca devem incentivá-los ou reforçar a presença “dele”. “No caso dos adultos se comportarem como se o ‘amiguinho’ realmente exista, isso poderá deixar a criança totalmente confusa, uma vez que ela sabe que isso não passa de uma brincadeirinha inventada por ela. Já em uma atitude contrária, como a repreensão, a criança pode se sentir desrespeitada e confrontada, pois sentirá que os pais estão tirando dela um recurso que criou para se auto-defender. Os pais devem participar da conversa apenas quando forem solicitados”, recomenda Gláucia.


Atenção a determinadas atitudes


O que os pais devem perceber é o grau de interferência que esse tipo de recurso pode ter na vida da criança, pois a função do amigo imaginário não deve ser, em momento algum, prejudicial ao seu desenvolvimento. Existem algumas atitudes que a criança pode manifestar e que merecem uma atenção maior dos adultos. Entre elas os pais devem observar:


• A influência que o amigo imaginário tem na vida da criança, no caso dos filhos incluírem este personagem em todas as brincadeiras e atividades do dia-a-dia;


• Se a criança tem dificuldade de conviver e se sociabilizar com outras crianças;


• Se prefere a companhia do amigo de mentirinha aos de verdade ou à própria família;


• Quando a criança passar horas isolada, brincando sozinha, mesmo quando está em grupo.


• Na maioria dos casos, essas manifestações são dissipadas com o tempo. O mais comum é a criança recorrer ao amigo imaginário com uma freqüência ainda menor conforme for ficando mais velha, até eliminá-lo de vez. Isso deve começar a acontecer por volta dos quatro anos e pode se estender, no máximo, até os cinco anos e meio de idade. Ao persistirem nessas fantasias ou fugirem de situações consideradas normais e aceitáveis durante um determinado período, os pais devem procurar ajuda especializada, como psicólogos.”




Beijos,



Cristina João





Fotos:http://vocalentreamigos.files.wordpress.com/2009/05/crianca-no-espelho.jpg, www.yobazzip.com/mt/archives/2006/02/adoaao.html .



10 comentários:

Luciana Casado disse...

Eu tive vários!! até que sou filha única e meio tímida, então eu não tinha muitos amigos reais!
Mas com o tempo passou mesmo ;)
Bjus, Lu

Elen disse...

Vim retribuir a visita e posso dizer q virei freguesa...

adorei o modo como aborda os temas

abraços cheirosos

ARVC disse...

adorei o tema de hj...
olha tem um selinho p vcs no paparicar.com na postagem de hj... pega lá tá? bjs amigas

Simone Scalabrini disse...

Legal Cris João.

A Sofia ainda não criou nenhum amigo imaginário, mas a Gigi minha afilhada querida tem um irmão imaginário que é o Pedro.

Vou passar o link pra minha irmã ler e se informar melhor também.

Bjs!!!

Carolina Ledesma disse...

Ola Andrea!

Obrigada por visitar a Bon Chic!
O blog soh esta comecando! Ainda vou colocar alguns albuns, joias novas, lembrancinhas de maternidade, promocoes, dicas, em fim...! Ainda tem muito trabalho!

Adorei o recomadres!

Um beijo!

Dri disse...

Poxa fiquei super feliz em te ver lá no bloguinho heeeeeeeeeeeeeeeeee seja bem vinda! Já virei seguidora do seu ,sou uma comdre e muitooooooooo curiosa kkkkkkkkkkkkkk ...eu tive amigos imaginários simmmmmmmmmmmmm ai mas não lembroooo ,minha mamis disse que eu tinha! ai bjão pra vc viu!

Samille disse...

olá! obrigada por iniciar a me seguir :) fiz o mesmo pq simplesmente adoro crianças e tudo relacionada a elas.

Li o post..eu tinha amigos imaginários, isso foi dos 6 aos 8 anos, ou menos.
Ainda bem que passou rs pq eu era mto tagarela com eles rsrsrs

abraços!
samille

Maria Cláudia disse...

Oi Cristina,

Obrigada pela visita ao Baby Boom. Venha sempre que puder.

Beijo

Maria Cláudia

Anônimo disse...

Oi, obrigada pela visita. Vou passar por aqui agora. E, nossa, que família grandona, hein? beijocas...rs

Anônimo disse...

Oi, Cristina!
Vim retribuir a visitinha lá no Pinto mas não bordo...seja sempre bem vinda!

Adorei o seu blog, apesar de ter dado uma olhada rápida...depois volto com mais calma pra saboreá-lo!

Um beijão e obrigada pelo carinho!

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