Já falei que tenho dois príncipes???
Claro né... E são mesmo! Modéstia realmente é uma qualidade que não possuo.
Eles são dois meninos lindos por fora e por dentro, são do bem, bem nascidos e bem
criados, queridos por todos os nossos amigos, alegres e bem resolvidos e embora
esteja na tal adolescência, até que são bem tranqüilos. Vivem grudados com a
família, são o melhor amigo um do outro, não saem sozinhos ainda (graças a
Deus) e se tudo continuar indo nesse ritmo passaremos por essa fase sem grandes
problemas. Tudo bem, eles têm pais bem antenados, abertos e presentes (legais
eu diria e não abro mão disso), o que ajuda um monte, mas eles fazem bem a
parte deles até o capítulo 5. (leia o post “Cadê o Manual?”).
Meu Marcus (13) é meu Astro-Boy. Um
menino que nasceu pros holofotes, pro glamour e pros flashes. Já tentou a
carreira de modelo (ele ainda me mata por contar esse segredo), se achava o
próprio Reynaldo Gianecchini, hoje sonha com o maravilhoso mundo do Rock. Tem
um jeito leve de ver e levar a vida que é invejável, uma franqueza que machuca aquele
tipo de pessoa que sabe à que veio e aonde quer chegar, porém não gosta
definitivamente de pegar no pesado! Tudo que requer muito esforço, trabalho,
paciência e dedicação, não é com ele.
Desde muito pequeno, com 02 anos,
demonstra claramente que detesta ir à escola, e como diz a tia Andrews, digamos
que ele tem seu próprio jeito de estudar e aprender, praticamente um
autodidata.
Gente, desde cedo nossa vida no que diz
respeito à Escola e à Matemática é um inferno. De um lado tenho o meu pequeno
gênio e de outro, uma tranqueira deliciosa e preguiçosa que aprendeu o que eu
mais temia: segundo ele, pra que se matar o ano todo pra tirar notão se no final,
a gente assiste a duas aulas de recuperação, faz umas aulinhas particulares,
pede ajuda pro irmão e pronto, passa de ano. Fora que se a média da escola é 6,
tirar 10 é um verdadeiro desperdício. Confesso que às vezes argumentar com ele
é bem difícil, ele só vai se quiser, tem uma personalidade muito forte. Aí
agora é assim: você quer, então tem que fazer isso ou aquilo!!
Depois de muito sofrer com isso, me
questionava onde foi que eu errei e tentava freneticamente descobrir um método
milagroso que despertasse entusiasmo pelo ensino acadêmico, eu percebi que cada
um é do seu jeito, tem seus próprios meios de chegar lá, ele nunca repetiu o
ano, tem um boletim acima da média só que sem esforço, com muita preguiça e às
vezes com umas aulinhas particulares... Descobri que ele tem seus talentos,
todos temos, ele tem espírito de liderança, personalidade forte, sabe bem aonde
quer chegar e um caráter e senso de justiça irretocável, coisas que nem sempre
se aprende na escola e esses talentos serão tão importantes quanto o
aprendizado acadêmico e esse dá pra ele correr atrás do prejuízo em qualquer
tempo.
Sinto muito por ele, que é um menino
tão inteligente quanto seu irmão, porém por preguiça, está deixando de aprender
de fato coisas que lhe farão falta num futuro próximo, mas aí ele que corra
atrás. Nunca quis ou exigi que meus filhos fossem os primeiros alunos da
escola, é claro que me orgulho muito que um seja, mas não fazer o básico é
demais, às vezes me irrito muito com ele... que com seu charme me amolece rapidinho
e tudo consegue, outro talento dele...
Beijos,
Cris João.