A primavera chegou e é hora de plantar flores!!! Tá mas esse post não tem nada a ver com a Primavera. A história em questão é MINHA AVÓ.
Quando a gente fala em avó, lembra de uma senhorinha de cabelos brancos, fofos como o algodão, com cheiro de bolo quentinho, em ternura e carinho, colo certeiro, palavras de sabedoria, amor e tudo de bom certo? As semelhanças da minha avó com as que idealizamos, resumem-se nos cabelos brancos. Gente a Véia é ruim, seca e dura.Tá bom você vai dizer: “Coitadinha, com 89 anos ela não sabe mais o que diz ou faz!” Engano seu. Ela sempre foi assim, não rasga dinheiro e é completamente lúcida!! Ou então você vai me dizer assim: “Talvez você não seja a neta preferida dela, só isso...” Enganou-se de novo: Ela não tem neto preferido, trata todos da mesma forma fria. Aí você vai dizer: “Será que você não está sendo radical ou talvez seja um ponto de vista isolado??” RESPOSTA: NÃO, NÃO e NÃO!! Ela tem 4 filhos, 8 netos e 10 bisnetos e todos pensam e sentem a mesma coisa. E acreditem: ninguém é traumatizado por isso. Juro que a gente tenta, mas ela é tão fria e mal educada, que é difícil gostar dela por mais de 5 minutos, mesmo levando em conta o apelo da idade e o vínculo familiar.
E daí né, a vó é minha, problema meu!! Sim! Mas fiquei pensando: Minha avó foi péssima mãe, talvez tenha tido seus motivos, mas o fato é que não deu amor e nem carinho à nenhum dos 4 filhos que hoje se alteram entre as duas filhas para cuidarem dela, já que os filhos a abandonaram de vez. Ela praticamente é uma nômade, não tem casa, passa uma temporada na casa de cada filha que não vê a hora de se livrar da “bagaça”, os netos não a visitam e os bisnetos, viram os olhos quando têm que beijá-la, e tudo isso sem nada nunca ter sido dito, apenas plantado, por ela mesma. E ela continua uma velhinha amargurada, sem educação, sem amor e sem gratidão, plantando discórdia entre todos e apesar de tudo, as filhas cuidam muito bem dela, o que tá cada vez mais difícil... Com relação a minha avó, tenho pena, mas não há muito que fazer ela está cada dia pior...e colhendo apenas o que cuidadosamente plantou.
O lado bom da vida: Mesmo sem que ela tivesse plantado nenhuma sementinha de amor, seus filhos resolveram mudar o final dessa história. Cresceram cuidando uns dos outros, os meninos mais entre eles e as meninas mais entre elas, tiveram seus filhos e foram TODOS ótimos pais e avós, amantíssimos e nos deram tudo aquilo que nunca receberam, mesmo sem ter conhecido ou recebido, eles nos deram amor. Todos os primos são amigos, alguns mais que outros, alguns como irmãos.
Continuei pensando ... nossos pais e tios, conseguiram superar aquilo que viveram e nos deram aquilo que não tiveram. Poderiam ter sido amargurados como ela, que provavelmente nunca recebeu e, portanto não deu, mas não. Praticaram a política do é dando que se recebe, é respeitando que se é respeitado e é amando que se é amado.
Portanto, resumindo, você pode sempre, em qualquer tempo, mudar a sua história. A gente não precisa ser duro porque as vezes a vida não é fácil, não precisamos ficar nos desculpando pela infância que não tivemos, podemos construir uma vida e um futuro melhor, podemos plantar e colher flores ao invés de espinhos. Podemos aprender com os erros dos outros sim. Podemos e devemos escolher aquilo que queremos pra nossa vida. Durante a vida, escolhemos se queremos o papel da princesa ou da bruxa má. Aí lembrei de outra máxima: “Se ainda assim a vida insistir em lhe dar limões, faça uma bela limonada açucarada, que além de deliciosa e refrescante, faz bem a saúde!”
Decididamente, quando eu crescer, não quero ser como a minha avó, mas sim como meus pais e tios, que plantaram flores e hoje colhem um jardim!!
Beijos,
Cris João.
9 comentários:
Chorei! Arrepiei!
E não pela gravidez, não!
É que pra mim, muito mais que a mama italiana a vó é o ponto máximo da família.
Assim, família que não tem vó, quase deixa de ser família.
Eu tive as duas! A vó de verdade, que exatamente por ser de verdade, o Papai do Céu achou que ela combinava mais como estrela...
Agora a minha bruxa má é quase como a sua, mas a minha se recusa a tomar banho. Pior, né?!
O resto tbm é diferente, pq meus tios não aprenderam a ser de outra forma, agoooora a gente...
Aprendemos a amar cada um dos nossos filhos. Acho que a genet acumulou aquele amor e agora damos tudo pra essa cambada leanda!
Excelente, PRA VARIAR, seu texto, sua recomadre linda!
Oi Cris!
Sabe...eu tive um pouco mais de sorte! Fui criada pela minha avó materna (não tenho pai) e ela era tudo pra mim! Meiga, fofa, forte, amiga, coerente, carinhosa, atenciosa, corajosa, linda...pena que Deus quis ela ao lado dele tão cedo. Por outro lado, minha avó paterna foi uma peste (foi? Nem sei ela está viva!) Pra vc ter uma idéia, ela falava pro meu pai que, por meu irmão ser loiro, ele não era filho dele. Detalhe: meu pai era ruivo dos olhos verdes, e quando pequeno, tinha os cabelos claros quase loiros! Affão né? E essa história de colher o que planta é a mais pura verdade! Mas sabe o que acho ainda mais bonito? É amar sem esperar colher isso no futuro! Minha avó que me ensinou isso!
Bjs
Fiqeui com pena da sua avó, porque deve ser triste ser uma pessoa que ninguem gosta, ela deve se sentir sozinha... mas é como vc disse, a gente colhe o que planta né!!
beijão
www.sermulhereomaximo.com.br
Cris, isso é simplesmente a pura verdade sabe, é a tal história da mala, nao precisamos seguir nossa estrada com a bagagem do outro, a opçao é nossa. Minha vó foi tb uma pessoa prá lá de especial e querida, mas ela era uma mulher dura e forte, matriarca mesmo, que criou os filhos sem beijos e abraços e assim foi minha Mae, mas nenhuma de nós tres irmas somos assim, todas super carinhosas com seus filhos, com uma outra postura e uma outra bagagem, a nossa própria história que escrevemos diariamente!! Grande beijo irmã camarada!!
Oi Cris,
ótimo o seu texto.
A sua avó parece um pouco com a minha que é uma Alemãzona Brava. Agora está passadno por uma situação que ninguém aguenta ficar com ela. Difícil, né?
Ainda bem que na minha família as geraçoes estão melhorando a cada vez e demosntrando mais amor e carinho. Deixando o jardim cada vez mais florido.
Muitas folres para vocês.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/
Ô Cris, que lindeza de texto!! Acredito muito, muito nisso tudo...colhemos o que plantamos, sempre!! E através disso e por isso, é preciso não julgar...também tive vó anjo e vó bruxinha, é de lascar!! bjaço e bom fimdi!!
Cris...
Credoooo...tua avó é igualzinha a minha sem tirar nem por!
É triste quando uma pessoa é assim amargurada com a vida.
A minha avó,infelizmente acabou afastando alguns filhos dela,com esse jeito dela de ser.
Pra te falar a verdade,faz bons anos que não a vejo.
É triste dizer isso,mas considero uma outra sra que trabalhou com a minha mãe desde jovem,que hoje tem 96 anos mais como minha avó do que a minha avó de sangue mesmo.
Nunca é tarde para mudar nossa história...por isso não culpo a minha mãe se ela deixou de passar algumas coisas para gente.Porque sei que não foi por querer.
Hoje tento passar o que não recebi para meu filho,para que mais tarde eu possa colher boas flores em meu jardim!
Amada Bom final de semana...
beijos,
Danny e Matheus
www.mamysdematheus.blogspot.com
Oi Meninas,
Que alívio....achei que só eu tinha uma avó "bruxinha"!!!
Mas o legal é que todas aprendemos a mudar essa história e é claro que a gente não faz o bem com a intenção de colher o bem mas....é a lei natural das coisas!!!
Fico feliz por não estar sózinha.
Beijocas,
Cris João.
Olá!! Amei seu blog eu sou uma nova blogueira, me chamo Hanan Mustafa e para mim será de enorme alegria fazer parte desse blog. A questão de família, uma coisa muito delicada, eu tenho avó totalmente ausente de nós, ela abandonou minha mamãe e titia quando criança e até hoje não quer saber de nós, mesmo depois de ter conhecido todos nós e saber onde cada um mora, ela nem faz questão de procurar pela gente, mais Deus é Maior em nossas vidas. Beijocas de até mais. Se Deus Quiser
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