A Cris é uma amigona velha
aqui das RECOMADRES, vira e mexe, Ela dá pinta por aqui, ela é JAPA e agrega
toda sua sabedoria oriental ao jeitinho brasileiro, resultado: a moça é do
“balacobaco”, miscelânea pura, da mais alta qualidade. Dona de uma
sensibilidade incrível seus causos são sempre bem humorados e emocionantes.
SÁBADO, 8 DE MAIO DE 2010
a
costureira e o sitiante
Aos 23 anos, moça costureira do interior
de São Paulo casou-se com o moço sitiante do interior paranaense. Ela como boa
moça, resolveu de bom grado morar junto com os sogros na pequena casa de madeira,
onde passou vários anos perdida em afazeres domésticos no meio de uma numerosa
e confusa família. Deixou seus atributos costureiros adormecidos por um
tempo...
Muitas controvérsias familiares, 2 filhas
e um fusca perdido depois, resolveram se arriscar em MT, numa pequena cidade
ainda recém-nascida (lembram dela?) sem-luz-sem-água, sitiada por estradas esburacadas...(ohmeudeus)!
Moça costureira, não sei como se adaptou,
ela que já havia frequentada aulas de costura na cidade grande, agora estava aí
com duas crianças prá criar, água de poço prá tirar e um medo atroz de ser
devorada por alguma onça pintada que rondava o quintal, e marido ausente
cuidando de gado de fazendas pantaneiras, eh laiá, como é que a vida pode dar
estas guinadas?
Moça costureira foi forte, entre um choro
e outro, escondido é bem verdade, enfrentou seus medos e até foi junto uma vez
a estas fazendas acompanhando o marido, levando as filhas a tiracolo. Depois de
alguns dias, dia de embora caiu um tropé d'água, não teve jeito, teve que ir
embora à cavalo, abrindo caminho no mato à pique...foi memorável o
momento e a semana depois sem conseguir sentar, tamanha as dores, digamos,
musculares...
Montou casinha, enfim, voltou a costurar,
criou as filhas e mais um caçula que veio depois, tudo à base da linha e
agulha, criando roupas para as moçoilas, que chegavam com um corte de
tecido e saiam vestidas de sorriso na cara.
Moça costureira é minha batalhadora mãe,
que não sei como, enfrentou tantas mudanças sem perder a ternura jamais,
sem deixar a peteca cair. E mesmo nas broncas soube ser enérgica, mas não
cruel. Pois a lembrança que mais me faz rir, é ela correndo atrás de mim com a
régua de madeira em punho, em torno de uma grande mesa, usada por ela para
fazer os riscos e moldes das roupas. Depois de uma tarde inteira de
aporrinhações desta pequena aqui, tagarelando sem parar nos seus ouvidos,
enquanto ela tentava se concentrar nos moldes de roupa, ela não aguenta e sai
correndo atrás de mim, com a régua em punho, ficamos rodando a mesa, algum
tempo, até ela cair no riso e eu também...aliviada...
Dia das mães é todo dia, como diz minha
sábia assistente doméstica quinzenal Fafá, que aliás trabalhará neste domingo.
E o melhor presente é o amor, carinho e o respeito diários!
Feliz Dia das Mães-fortalezas, que são,
que somos, sem perder a formosura!!
É ou não é pra ser fã
dessa Japa Louca??? Passa lá e confere, tem mais de mil histórias que valem
muito a pena.... Beijos Cris Isobe, obrigada por abrilhantar sempre o nosso
blog com suas histórias e pode mandar mais que a gente tá louca pra dividir
aqui.
Beijos,
Andrea, Cris e Jana.
3 comentários:
A essas amigas Cris(es) são demais, adoro!! beijocass
Ai Cris, fiquei feliz demais de ver este texto da minha mamis...posso com tanto carinho? Obrigada Recomadres, adorei participar!! Presentaço!! Bjobjo!!
Olá,
é para ser fãzoca dela sim.
Adorei o post.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/
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