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novembro 19, 2010

Da série: TRICOTANDO COM AS RECOMADRES....


... por Filipe, do blog Eu, pai Coruja, http://www.eupaicoruja.blogspot.com/ ,


Gente quanta emoção, o primeiro Compadre tricotando no RECOMADRES, o Filipe é marido da nossa amiga Nanda do blog O Mundo Grávido, http://www.mundogravido.blogspot.com/ , e esperam a chegada da pequena Dudinha para muito breve. Os dois contam em seus blogs as alegrias e dúvidas dessa fase tão esperada e gostosa, com pontos de vista completamente diferentes.


Imagine você, papai, indo com a mamãe para aquele tipo de loja que esperamos que tenha de quase tudo para bebês. Ao entrar na loja vocês já ouvem: “Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to...”. Andam, então, pela loja para procurar berços. Vêem o primeiro, depois o segundo e depois: “Meu pintinho amarelinho, cabe aqui na minha mão...”. Começam, então, a observar o terceiro berço e a dar uma olhada, também, nos carrinhos de passeio: “Cai cai, balão. Cai cai, balão...”.


No início, tudo é muito bonito, vocês até cantam algumas dessas musiquinhas e relembram a infância. Todavia, passam apenas cinco músicas e, em seguida, vocês ouvem: “Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to...”. Este é o momento crítico! Se forem sábios, sairão da loja!


Caso não saiam, nos próximos dez minutos, vocês apenas vão olhar umas roupinhas bonitinhas, você pegará, animado, um macaquinho de pelúcia cor de laranja, no que a mamãe retorcerá o nariz e pegará um ursinho verde, azul, lilás ou cor de rosa – a depender do sexo do bebê – e você perguntará o porquê de nomes como mijão, pagão, cueiro – acho que é assim que se escreve –, e vai querer saber a diferença entre cueiro, lençol, mantas. Sobre estas, não saberá por que raios d’água, obrigatoriamente, tem que ter mantas de lã, de linha, de algodão.

Em seguida, saber que no enxoval há uma garrafa de álcool, você irá dizer: “Com tudo isso, vou precisar sim de um uísque mesmo”.


A resposta virá da própria vendedora, dizendo que a garrafa é de álcool 70% para higienizar o cordão umbilical. É, senhor papai, você vai se sentir o mané que não sabe de nada.


É aí que começa tudo de novo: “Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to”. Não disse que vocês deveriam ter saído? Certamente, você não agüenta mais essas músicas! Vai falar para a mamãe:


– Basta!

– O que foi? – ela pergunta assustada.
– Vou lá mandar eles tirarem essas músicas! Já estou me irritando com tudo isso!

Os pedidos da mamãe para você não reclamar não obstam sua teimosia em começar a andar para o guichê. Eles têm que compreender que ninguém agüenta isso! Coitados dos empregados da loja! Ninguém merece uma coisa dessas! Deveriam é colocar Capital Inicial, Nando Reis...


Ao mesmo tempo, você começa a pensar que, se os coitados dos empregados agüentam isso o dia todo, você poderia ter um pouco mais de paciência. E muito, mas muito provavelmente seu filho, ou filha, vai querer ouvir milhares de vezes a mesma música e assistir centenas de vezes a um mesmo filme, desenho...


É papai, a vida pode até estressar todo mundo, mas você está sendo alçado a uma nova categoria. Categoria de uma pessoa que será modelo para outra. Será um herói, um parceiro de brincadeiras, um conselheiro.


– Pois não? – pergunta a atendente do guichê.
- Ah... Sim... Você poderia me dar mais uma lista do enxoval, por favor?



Filipe, pai coruja.

Estamos muito felizes com a participação do Filipe no nosso tricô, esperamos que com esse ato heróico, outros comprades juntem-se à nós...é sempre bom ver as coisas por outro ângulo e com outros olhos. Parabéns pelo Maridão Nanda e Felicidades e Sucesso ao Casal, esperamos conhecer a Dudinha em breve.


Beijos,


Cris João.

6 comentários:

Nanda disse...

Obrigada, Cris!!! Adorei!!

bjos e espero que ele tricote mais! hehehe
Ah, adorei as imagens.

Pai Coruja disse...

Oi Cris... Pois é... só depois que Nanda leu, ela me disse que o álcool é para a higienização do umbigo, pois o cordão vai cair mesmo... hehehe. Tá vendo? Para nós papais é assim: vivendo e aprendendo.

Anne disse...

Que legal, um menino! Cyber dad!!!
Olha, honestamente minhas primeiras visitas às lojas de bebês também foram catastróficas. Eu era tipo um pai, não sabia a utilidade de metade das coisas que se diziam tão essenciais! hoje estou fera!
Adorei o post, bjos

Ana disse...

hahahaha!!! que legal,otima a participação do papai coruja!! è otimo ver as coisas do ponto de vista deles!!isso me lembrou um "causo",para eu escrever p vcs para a sessão Tricotando..vou escrever agorinha...kkkkkkkkk..
beijokas!!!
;-)

Roberta Mello disse...

Oh pobre papai....mas só dele estar participando de tudo isso, já é uma maravilha, adorei a história e confesso que sempre alterei a letra das músicas infantis, como Náo atirei o pau no gato, e por aí vai rsss, beijocas

Maria Thereza Pinel disse...

Adorei o ponto de vista do compadre, e já estou seguindo!

É mesmo ótimo ver o que eles pensam, afinal, temos aqui várias mães, mas poucos papais!
Muito bom!

Beijo!

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